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Lidando com  uma doença grave

Se você ou um ente querido está procurando ajuda para lidar com uma situação de adoecimento grave ou crônico , assim como uma vivência de luto ou situações relacionadas a sua vida emocional, eu estou aqui para ajudar.

 

Viver uma situação de adoecimento grave é muito estressante por diferentes razões. Existem preocupações com as questões médicas, aspetos financeiros relacionados a isso, a vida social, profissional, familiar e também a vida emocional e espiritual. Nós somos seres complexos. E quando uma pessoa adoece existe um processo de sofrimento que surge junto com a doença.

 

Nossa vida emocional fica meio bagunçada. Pode ser demasiado estressante lidar com exames, diagnósticos, equipes médicas, hospitais e também lidar com o manejo da vida como era antes do adoecimento, organização profissional, familiar e pessoal. Todo um novo vocabulário de palavras em “mediquês” vai se tornando familiar e é comum sentir-se mais ansioso e angustiado, mesmo quando se está confiante em relação ao tratamento.

 

Estar doente gera uma experiência da vida diferente e é comum surgir reflexões novas, expectativas diferentes, sentimentos confusos. Tanto o paciente quanto a família muitas vezes se sente perdido e desamparado. Muitas vezes a comunicação entre os familiares fica comprometida por que um não quer incomodar ou preocupar o outro. Essa dinâmica pode contribuir para uma sensação de isolamento.

Estar doente traz muitos desconfortos; físicos e psicológicos. Pouco a pouco a realidade da doença e do tratamento se impõe e o corpo vai se esforçando pra dar conta, se adaptar e se transformar. A expectativa de fortalecimento e cura é o foco maior. No entanto, existe a realidade emocional que também participa dessa vivência. 

Atentar para a melhor forma de lidar com essa situação pode contribuir para vivê-la de forma mais integrada, com melhor acesso a recursos internos de enfrentamento que contribuem para o fortalecimento da pessoa como um todo.

 

Viver uma situação de doença em uma fase onde o tratamento não consegue mais alcançar os resultados esperados traz um novo estresse para o paciente e a família. Esse processo pode ser vivido com sentimentos intensos de medo, desespero e raiva, além de confusão e silêncio, por não saber de que forma lidar com a situação.

 

 

Desmistificando cuidado paliativo…

 

Cuidado paliativo oferece uma atenção ampliada ao paciente e a família. Muitos confundem com cuidados para quem está morrendo. Mas o que acontece é que cuidado paliativo permanece ao lado do paciente que está lidando com uma doença grave em seus altos e baixos e tem como premissa o “não abandono”. Cuidado paliativo não acelera a morte ou faz eutanásia. Cuidado paliativo ampara o sofrimento de uma doença grave em sua totalidade, entende que o ser humano não é só um corpo, mas também uma pessoa, com uma biografia, expectativas e desejos. CP respeita a dignidade e a vida do paciente ao mesmo tempo em que acolhe a família.

 

 

 

 

Poder sustentar a esperança e manter-se conectado com a realidade do agravamento da doença é uma dinâmica complexa que pode contribuir para o equilíbrio no enfrentamento em momentos de grande tensão. Quando um ente querido está doente a família sofre junto, apesar de minimizar a necessidade de apoio porquê o foco de cuidado está todo no paciente. No entanto, estresse, cansaço físico, as demandas de cuidado que muitas vezes se estendem noites adentro, e o sofrimento emocional de testemunhar quem se ama em uma situação de extrema fragilidade faz com que familiares vivam esse período lidando com sentimentos intensos e confusos, de medo, tristeza, culpa, solidão e na grande maioria das vezes sentem-se desamparados emocionalmente. Cada família é de um jeito. Validar a singularidade do núcleo familiar e as necessidades que aparecem, bem como a importância da família se cuidar durante esse processo é também algo que contribui para o cuidado do paciente.

 

Viver uma situação de perda de alguém querido é um processo sofrido. O luto é sempre um tempo que se quer evitar ou que se quer acelerar para acabar logo; um tempo que se deseja excluir da nossa vida. É comum que o paciente, familiares e amigos vivam o que chamamos de luto antecipatório; emoções intensas e sobrepostas tais como ansiedade de separação, isolamento, medo, raiva, culpa, cansaço, desejo de fugir, por exemplo. Poder elaborar esses sentimentos favorece o processo de enfrentamento.

 

 

 

 

 

Existe uma cobrança velada, mas nem tanto, de que o enlutado tire uns dias para sofrer e depois retome

sua vida e siga. Existem rituais de despedida que incentivam o contato e o apoio logo após a morte de

alguém querido. Mas depois, com o passar dos dias

a ausência de quem morreu continua presente e o

enlutado passa por um período de sofrimento que é

vivido de forma solitária na maioria das vezes.

O luto é um processo natural que acontece a partir

da perda de um vínculo. Aquele que morre leva um

pouco da história de quem fica. E nesse processo a

vivência do sofrimento pode ser intensa. Nesses

casos, poder contar com apoio de pessoas queridas

diminui a sensação de solidão e inadequação que

esse tempo traz para muitos de nós. 

 

Quando a vivência de luto é intensa e traz vivências

de conflito, tristeza intensa, sentimentos de alívio, culpa e raiva, a terapia pode contribuir pra o enfrentamento desse processo de forma a acompanhar o enlutado em sua jornada de construção de sentido.

 

“Se há um sentido em tudo na vida, então deve haver um sentido no sofrimento.”

Viktor Frankl

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